SOCIALIZANDO

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UM CARA PARECIDO COMIGO!

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Um líder de uma empresa bem bacana, seu chefe, naqueles empregos que se espera algum tempo acontecer te chama, para uma conversa no restaurante  próximo ao prédio que trabalham, o tipo de restaurante que não dá para se freqüentar todo dia, no convite estranho, ainda mais estranho vem em acompanhamento um sorriso nunca antes lhe direcionado do segundo chefe arrogante, não que o primeiro seja, porem chefe é chefe. De prontidão, obviamente o convite  por ele espertamente é aceito, mesmo que fosse na hora do almoço o parto do seu primeiro filho, seria aceito -  ( exagero ) ?
 Em um papo agradável, em um almoço pomposo, gostoso, de se sentir, teve todo desenrolar da conversa sobre trabalho, o segundo arrogante chefe em determinada hora se inclina  a ele e pergunta friamente como se fosse com o dedo apontado para seu rosto, e um nó bem forte em sua gravata: - " Você mentiria por nós? " . - "Mentiria pela empresa que lhe abraçou?” Opa. opa, acalme-se, que história é essa de " eu não minto nunca", calma, que mentira seria, que coisa iria entrar, valeria a pena?  Talvez fosse somente uma pequena mentira, dessas que não são descobertas pelo motivo de serem tão mesquinhas que ninguém se dá o trabalho de tal coisa. Era seu emprego em risco, de certo um filme passa pela cabeça uma hora dessas. Apenas levantar a bandeira dos “NÃO MINTO EM HIPÓTESE ALGUMA” não adiante muito,  a circunstância merece uma reflexão inteligente sobre o que poderia acarretar para sua carreira, para suas contas, para seu dependentes uma resposta insana. Em verdade, não proclamo a postura errônea, e sim uma visão ampliada.
Aquele dia foi apenas um aperitivo, a resposta esperada pelo segundo chefe não era necessária naquele momento, o almoço terminou em sorrisos , pagamento com cartão corporativo e o fim de um emprego tranquilo, somado a um salto para em emprego de incertezas, hipóteses, lacunas não preenchidas.
Daquele dia á diante, o questionamento tornou-se forte com o julgamento da palavra moral. A moral é somente dizer a verdade a todo tempo? É mentir em prol de uma independência financeira? Ele questionou-se bastante, tinha moral, era um homem de moral ? Até onde poderia mentir?  Enfim, lamentavelmente chegou o dia que teria a decisão, a bem verdade a mentira sobre a empresa, nada mais era que uma solução pacífica sobre um julgamento de um funcionário, o que o irritava, era lidar com tudo, não sabia como reagir, estava em jogo um emprego suado, sua família, uma idade avançada para alcançar com tanta facilidade outro emprego, medo de rejeição familiar, receio de ser passar como fraco, humilde demais. Claro que aqui não irei colocar aquelas histórias de conto de fadas onde o ideal fica acima de tudo, nem sempre as coisas funcionam assim, infelizmente muitas vezes as coisas tem que ser resolvidas de maneira morna para fria, pensando em um todo alem dos seus próprios olhos.
A moral que é escolhida por cada um, não vem de berço ou DNA, situações são colocadas em sua vida para uma definição concreta: Viver pouco como um Rei ou muito como um Zé? Já se fez essa pergunta? Se a primeira opção for a escolhida, não se envergonhe, não deixa de ter moral por esse motivo, apenas é uma opção de vida, um caminho que possa trilhar, uma maneira contrária, que muitas vezes aos olhos de pequenos lhe aguardando o retorno á casa, será o herói necessário para um adulto promissor.
O texto finda por aqui, mas a moral prossegue, agora que tenho você até o final do texto, deixo aqui: Qual será sua reação? Prosseguirá? Se acontecer em sua vida, ou até com alguém a seu lado, apóia? Quem sabe não é? Como isso não aconteceu é melhor prolongar mais um pouco a resposta. Assim, ao menos, a moral fica em dia.