SOCIALIZANDO

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UM CARA PARECIDO COMIGO!

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013


Hoje que graça tem aquela gente toda pulando em frente ao carro de som com enormes caixas batendo uma música sazonal? Que graça tem se não estão por aqui? Que graça vejo em um armário cheio, mas com espaço suficiente entre as roupas para saber que seu perfume esteve bem perto de cada tecido, com indecisão de sempre, foi escolhido o de época - época de estar apenas esticado; passado- acho graça nisso.

Onde encontrar a graça em estar em notável momento de saudade? Dizem que é gostoso senti-la, eu, porem, prefiro a presença, a amável presença quente. Se não puder te-la, aí sim, talvez fique com a saudade, mas que nada, já inventaram avião, telefone e Email,   para que saudade não é? Errado, ainda estará por aí, como um demônio querendo buscar o católico indeciso.
A graça das coisas hoje não me ocorre, o tempo não passa  depressa o quanto gostaria, não vejo a hora de revê las, de apertá-las e senti-las de novo, como ontem, tão raro momento de todo dia. O costume me pegou, me acertou e não consigo ser razoável e saber que entre duas pessoas está faltando uma, está faltando um trio.
O pula pula de carnaval já está soterrado em meus arquivos poucos acessados de imagens coloridas e eufóricas as quais guardo. Minha ideia agora é outra, não menos divertida, não menos sorridente, entretanto, suave, que vem engatinhando em pedidos de carinho. Minha saudade, alarga-se ( lá vem a saudade de novo ) em pensar em minha outra parte um pouco mas longe, talvez até mais animada com os festejos, linda, fantasiada e com personalidade em formação. Lonjura dura essas distâncias.
No meio do caminho não ficou a vontade de retornar ao carnaval de Salvador, não restou o não aproveitado, não me adoece os olhos do que deixe de ver, raros foram os casos; no meio do caminho não fiquei perdido por ter estado em pensamento somente, no bloco do " acaba nunca ", nada me deixa um infértil folião. Ocorreram momentos, episódios no carnaval da Lapa, no berço de bolas pretas, virando a noite e fugindo da exaustão do fruto proibido que se chama cansaço de folia, não, não sou mais "aquele" folião, mas homenageio quem estava na fila do bordejo atrás de mim e hoje, " sexta de carnaval ", não bebeu água, e sim, cachaça. Reverencio que está louco por uma noite de filme, uma noite de bailes de máscaras, uma noite de ressaca prévia, são partes de um todo que logo um dia, breve, com certeza, estarão por reavivar umas boas sensações, que produzirão vontades e desejos á realizar, e já outras, conversas em roda de amigos....boas conversas.

Carnaval, carnaval, eu não consigo viver sem carnaval.
                                         Um ótimo carnaval!