SOCIALIZANDO

SOCIALIZANDO
UM CARA PARECIDO COMIGO!

domingo, 24 de junho de 2012


Aconteceu naquela hora, em um momento de leitura, momentos nobres do saber, momento que o ser fica intenso, envaidece uma emoção de abrir parte da interferência, entre o motivo do saber e o servir do saber. Naquele momento lí um livro diferente, um livro novo, não de capa, não empoeirado, não por indicação, um livro diferente que me divertiu, me ensinou, um ensinamento não escolar, não universitário. O livro de um dia foi o que eu conheci, um dia após o outro, página após página, era lido, virou uma mania, um forma de descontração. Livro por livro já estava acostumado, um por mês ou dois, vários por ano, livro, aprendi usar e cuidar na escola, o que lí, foi uma outra forma de livro, uma maneira de chegar as mensagens, vidas, formas novas de ver e fazer acontecer o novo através do livro. O que me ensinou, o que aprendi, conto depois, o  importante agora é a maneira de ler o livro, porquanto, o que adianta ter um livro se suas mãos, seus olhos, sua fantasia, não dão alma ao livro? Se sua emoção, seu espírito, não se encaixam nas linhas descritas, o livro, assim, puro, nada mais é que um papel desinteressante, frio, cortes de árvores em vão, sem o véu de suas toras, sorrindo para uma fantasia transformadora de uma nova leitura.
O livro que lí me reteve por horas, conseguimos juntos lembrar e projetar planos, lí um livro que lembrei de pessoas, acasos, pontos fracos e fortes que atingem a todos, me encontrei nesse livro, para quem escreveu cá entre nós, fiquei até com uma pequena inveja, gostaria de ter sido eu mesmo, mas me contentei a ler apenas. Afinal, o quanto é difícil ler boas literaturas para quem gosta; o mais estranho é que, o livro era tão importante e abrangente, que ví as folhas passando nos dedos crespos do menino rebelde, nas mãos foscas de giz do professor, colocado sobre o colchão, com carinho, naquele colchão branco e confortável da jovem aprendiz intelectual, o livro tocou o passageiro apertado no transporte, e conto de pai pra filho na pré história a beira da cama.
Obviamente, me deparei com quem não se agradasse por ter o tal livro consigo, no mínimo por perto, críticas e afastamentos surgiram no conteúdo do livro, tentaram afastá-lo do amor, da verdade, de uma escrita poética, enterrá-lo em páginas digitais e colocá-lo no calabouço do esquecimento, disseram que tudo que havia no livro, não era preciso mais ser guardado na mochila escolar, na estante, no orgulhoso acervo, bastava apenas um pedaço pequeno de metal colocado em uma máquina, e ali estaria, ele, o livro, com mais seu amplo saber á amostra. É claro que outra corrente acordou, foi contra sua prisão, o livro era a liberdade do mundo, escrito por penas, emoções, tristezas folclóricas, de maneira alguma, mesmo com páginas arrancadas seu começo e fim ainda estaria intacto.
O livro que recebi, não é religioso, apesar de ser um porto para sua proteção, o livro não é acadêmico, contudo seu conteúdo é imensamente formador de um ser humano idealizador de idéias, o livro não são quadrinhos, não é de poesia e tão pouco de comédia, mas por dizer existe sim pinceladas de tudo isso.
 O nosso livro, é o que escrevemos apenas por viver, simples como respirar, existe alguém, que não sabemos quem, que está lá, assistindo, escreve o que vivemos, coloca em páginas uma a uma histórias de vidas, e o seu conteúdo, pode procurar, procure onde possa estar o livro de sua vida, alguém escreveu para você, contou lá nas páginas originais e palpáveis seus sorrisos e suas burrices, não posso dar indicações onde seu livro possa estar, porem se quer saber sobre você, não deixe um livro acabar, ele pode ser o seu. 
Foi o que aprendi com o meu o livro: A maneira que posso escrever a minha história.





domingo, 10 de junho de 2012

PEQUENOS SERES


De uma forma diferente quero colocar a visão animada de uma pessoa que é um personagem fiel, importante, amado, entretanto, plano segundo, por vezes, resume - se seu papel: Em um cara que tem metas, tarefas rígidas, obrigações altas, comparecimento em situações extremas, como filmar, fotografar melhores momentos, e fotografar correto, se perder um segundo, um pulo, um sorriso que demorou minutos e minutos de dança para fazer acontecer, incompetente, é elogio.
Não vamos falar aqui da situação do provedor do lar, a questão não está aí, o que acontece é administração de ser pai. Claro, não coloquemos de lado as tarefas santas da mãe, inquestionáveis, o pai somente entra nesse circuito quando lhe sobra o segundo posto, como:
Imaginem cuidar de alguém tão pequeno quanto um botão e tão delicado quanto o esquecimento da data de aniversário de casamento, focar sua atenção total em um pedaçinho pequeno de gente, colocado em roupas coloridinhas, que risca o chão tão rápido e cai mais rápido ainda que mesmo sendo um polvo, seus braços não seriam suficiente para pegá-la.
Esses pedaçinhos de gente que percebem que você é mais forte, mais alto, com cheiro diferente e sem leite, para eles, penso que somos uma criatura aparentemente disfarçada, sinto que nos acham estranho, mas percebem o quanto somos carinhosos, gostamos deles e tentamos ainda cuidá-los, mesmo sendo um tanto quanto atrapalhados. Essas coisinhas pequenas tiram do esconderijo, o mais durão ou um pouco mais sensível pai, tudo de feminino que pode conter no seu lado mais íntimo vem a tona, faz os grandões, diferenciarem um rosa mais intenso de um mais claro, opinar em um tema de festa, que para nós, os grandões, qualquer algodão doce daria certo.
Pequenas pessoas, que poderes tem, que sorrisos tem, que gargalhadas gostosas feiticeiras, pequenos anjos, anjos com boca de choro, com choros intensos nas madrugadas de dias uteis que doem a cabeça, mas o coração fala mais alta, e o choro é calado com um beijo, de mãe ou de pai, por vezes, o ultimo, tenta dar uma alívio para mãe. Pequena gente, ainda criando forças para se levantar, parecem tartarugas mirins, que move vários adultos quando um resfriado avança, pequenos seres formados a papinha, leite materno e dedinho abençoado na boca, doce inocência, crianças não só pelo tamanho, mas por conversas intermináveis de mãe e papo bobo de  pai em visitas de fraldas.
Somos um herói, queremos ser, queremos proteger, pois sabemos o que acontece as nossas meninas se não estivermos por perto, queremos mostrar a bola ao garoto e deixá-lo forte mais do que fomos, somos pai afinal, homens, derretidos por nossas bonecas, e orgulhosos por mais um torcedor do time de coração. Somos broncos no acordo com namorados, chatos em feiras de bebes que vendem de tudo, coisas sem importância, coisas de pano antigo que é moda, novidades que os bebes piscam e choram de medo, feira de bebe é um trauma, pois somos pais, homens, de carteira aberta, quando aqueles panos antigos os deixam lindos.
Quem alguma vez disse que iria ser fácil mentiu, não, não é nada fácil, entre fraldas e choros, super nany e premonições para saber o que irrita o bebe, disseram que existem as compensações, de uma forma ou de outra, creio que acertaram, existem sim algumas coisas compensadoras, claro; posso escrever por ultimo que em minha opinião uma das é – Um olhar amoroso, o olhar de reconhecimento que você é algo importante, que se não estivesse ali, aquelas perninhas curtas e ansiosas por mais um passo, não estariam também, aquele olhar de dependência – do mais puro amor, de dependência de apenas querer o seu calor na hora de dormir, sem pedir mais nada, apenas que seja o pai, sua proteção, sua existência.
 Para finalizar, ressalto que isso vale apenas para bebes, depois vem à independência, e volta um pouquinho depois a dependência novamente, mas de outra maneira bem diferente; e digo, para dar uma força, que corra, quando a frase de terror sair à primeira vez daqueles lábios que em algum dia somente queriam leite: PAPAI COMPRA!