SOCIALIZANDO

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UM CARA PARECIDO COMIGO!

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

TRAJE URBANO

Depois de um tempo, ou tanto tempo, resolvi, me convenci a fazer, saí de trás da rede social, roguei a vingança, o tempo perdido, por minha culpa, em parte, por culpa de Felipe e João também, anônimos, todavia culpados. Gritei mesmo, respondi e ataquei, com golpes, flamulas, caneta e socos, combinação adversa, um tanto explosiva e desnecessária socialmente; a primeira, a caneta,  me detêm, me fere facilmente, com uma pequena ordenação de letras, soberba e poder, dado esse por mim - volto a escrever, culpados: Eu, João e Felipe, mesmo em ordem distinta. A segunda, precisa, terminal de conflitos e ou alvorecer desses.
Sim, eu fui, sem máscara, mesmo devendo usar, fui, sofrendo com o medo da retirada dos teclados informáticos de minhas mãos, resolvi ir atrás do que é meu por ordem e desempenho, por justiça divina também, entendo minha culpa em tudo isso, de Felipe e João por seguinte, por esse mesmo motivo o medo me deixou, então quebrei, berrei, me enfureci, me pintei e discuti, dessa vez não somente por mim, mas sim por algo que me incomodava por tanto e tanto tempo, achei a alternativa oportuna de me unir a um processo de escolha por gritos de independência, não fazem ideia de como é reconfortante ser ouvido.
Sim, eu fui ouvido, não mas somente me lamentei nas conversas intermináveis em bares de bebida gelada, me senti como um líder da metamorfose que se consolidava, não...não me acovardei por mais que eu quisesse, me pus a frente, mesmo nas horas mais duras, mas doloridas, a recompensa estava por chegar.
 Sou um manifestante da justiça, da verdade e da mudança, sou um líder de rostos presos a um voto errado, enganado ou trocado, não importa, o que importa é a exploração indevida da parcela de vida que eu poderia ter melhor - Não....não quero mais isso, senti agora a ardência no rosto do líquido jogado em mim, torço para não me cegar, gostaria de assistir minha vitória, o projetor dessa covardia, consegui em poucos segundos anteriores olhar sua cara assustada e duvidosa se aquilo que faria era mesmo o certo, mas o individualismo e o fardo pesado de sua profissão apertaram o gatilho reforçado á ordem, por telefone, do mesmo ladrão de vidas que fomentou em mim a falsa garantia a meus lamuriosos pensamentos pessimistas, que o sol surge a todos, basta crer; tolo engano.

Sou sim, um manifestante, o final de uma corrida onde eu, João e Felipe, entregávamos a mesma taça ao vencedor que durante o percusso me deixou tão longe dele, usando os meios mais rápidos e fiquei quase parado, com pés doloridos e refugiado ao arrependimento. Sou sim, um manifestante, violento por vezes, desculpe, mas eu tenho que ser ouvido e me dado a importância, necessitava da chuva de balburdia na cidade para ser notado e chegar primeiro, pela única vez ao final . Vivo, limpo, vencedor, de pé, hoje eu precisava disso, não me deixem de fora, não fiquem contra mim, não me interpretem de mal a pior, eu estou com vocês, para vocês, com fome, frio e ainda receio, não mais medo, receio de não poder fazer um dia melhor.

Sou sim, um manifestante urbano, sem trajes especiais,  estudado, sabido, em pleno gozo de direito á liberdade, consciente da minha atribuição política e os motivos de meu pleito, não um leigo, não um fantasma fazendo jus a uma potência de vozes por pequenas coisas, agora sei quem sou e o que posso fazer, entendo quem trabalha pra mim e os motivos de minha coragem, levei alguns transtornos a você moça, atrasada para um compromisso que depende de sua chegada, entretanto sua vida por um inteiro depende do que faço aqui e agora, meu exército sem marcha cadenciada ganhou força, cresceu, exército de paz, crença, estupidez, revolta e viravolta - sentimentos unidos em um exército de soluções,  depende do quanto persisto, do que eu realmente quero e o que posso. Acredito moça, que em verdade eu luto por você, mas não importa, minha parcela aqui está por completa.