SOCIALIZANDO

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UM CARA PARECIDO COMIGO!

sexta-feira, 31 de agosto de 2012

DESABAFO


Deus lhe pague...
Agradeço sim por suportar a minha inocência, meu carinho enrolado em espinhos e minhas espinhas mal curadas.
Obrigado por me ensinar como são aquelas coisas, me ajudar a ser mais safo, mais rápido no jeito de tocar, com mais habilidade na fala, na conquista, no olhar. Sim, agradeço sempre por me fazer assim.
Obrigado por me ajudar com o meu frio e contraditório banho, nossa como era chato aquilo ( criança pensa assim ). Obrigado pela massagem nas costas, coisa boa de se viver.
Consegui ser assim e agradeço pelo toques me doado, pelas farras que dividimos juntos, pelas conversas de bar, pelos planos não cumpridos e os cumpridos, na verdade, na maioria não cumpridos. Fomos fortes juntos em vários momentos, quanta diversão e problemas enfrentados. Fúria, choro, choro por alegria, fúria sem razão, alegria desesperadora, gargalhadas descontroladas. Obrigado por esses pedaços doados de vida.
Obrigado por me envolver nas suas mentiras, de deixar eu participar de loucuras camufladas em verdades perigosas, obrigado por me ajudar a ver a verdade e a mentira nos olhos de um cego, por me dizer tantos palavrões e desaforos atirados de forma rápida e indefensável, fazendo assim eu ser maior, menos interrompido em dizer o que penso, de que modo, em qual direção, cada pedaço vivido, foi vivido.
Mais um vez lhe desejo o melhor do mundo, pois lhe digo obrigado por todo tempo, um tempo meu, que me participou e esculpiu um estilo de vida, uma nova versão de ser humano, nos tropeços me ajudou a não ir por aquele caminho novamente, nas burradas, me fez perceber que nem tudo é da maneira que eu pensava - doce jovem - Obrigado por fazer o algodão doce da vida se desfazer e me trazer, não o amargo, não o fel, mas o mel real, o mel explicativo que nem tudo é doce, é fácil, aliás, me mostrou que seguidamente tudo é mais complicado do que parece ser, mesmo não tendo tanta enfase uma situação, uma cena, o que é inseto, pode ser tornar um gigante, e o rio, mesmo durante anos de corrente somente para um lado, se inverte em questão de segundos, e sua vida segue com ele sem destino se não tiver as rédias em suas mãos.
Deus lhe pague pela permissão do agradecimento diário, por novos amigos e inimigos - aprendemos com esses, e somos abençoados por aqueles; obrigado  pela saúde, por ver a morte passar ao lado e eu estar bêbado, sem pernas, camuflado em um beco escuro, com a expressão branda, e ela se enganar, seguir, não me ver, deixar para outro seguinte e eu ainda ficar por aí, sorridente, jogando, bebendo, freando os ímpetos, ajudando o próximo, sendo quem eu nunca pensei ser, cuidando de coisas que eram contra aos meus princípios.
O que hoje faço com tudo que me ensinou? Apenas, silencio, coloco em uma caixa, abro diariamente, pego o sumo da experiência que me restou, vejo no que me transformaram e alivio meu peito em mais uma respiração.       Obrigado vida minha pela minha vida



domingo, 26 de agosto de 2012



CURTO VÍCIO

Em algumas horas da madrugado eu ando, largado, jogado, de calça apenas, descalço, opaco e frio, louco e oprimido, sem destino e rota, afinal quem mais se importa comigo? Chegar ao ponto que estou  é lamentável, o meu estado físico, minha pele, meus olhos intimidam meu espelho.Crises, convulsões, agora são parte de minha rotina, meu dia a dia é perseguido e amamentado por esses fantasmas.
Em verdade eu digo que era melhor está contando sobre amor, cães e pasto verde, mas hoje tenho que explicar a mim mesmo o que afetou minha alma: O apocalipse ou o capitalismo ( puta consumista ). Tão novo, tão puro no nascimento, e nesse momento, nessa madrugada, nesse passo chuvoso e invisível, um fantasma impuro, de luz negra e febril...febril de tristeza e droga branca, um pesadelo que não se acorda, um vício.
Ao contar do início me lembro, recosto meu corpo sujo nesse barraco podre e me lembro. Um começo infantil, brincalhão, de risadas, viagens a mundos diferentes e apenas fome por comida e erva, uma leveza angelical me dominava, até porque não assimilava o mal que tudo podia fazer, já que era, o consumo, tão confortante.
Meu nerônios ferviam, a sede, a água, não era suficiente para saciar a retenção de líquidos para me manter imaculado. Perdas foram em sequência, trampo, dinheiro, bens e parentes, o motivo? Desgostos,sofrimento,derrota para o que era proibido e destrutivo. Patrocinava a minha falência em cada noite de consumo, em cada mão estendida a mim e respondida com renuncia á assistência.
Das pessoas que conseguiram permanecer junto a mim, somente sobrarão quem tinha o elo dentro de um cachimbo, nossas vidas se misturavam nessa troca labial, e soltávamos em fumaça os acelerados segundos do inevitável encontro com o negro, com a experiência de não quase morte, entretanto certa.
O terrorismo, a mudança climática ou a ameaça da tempestade solar, dependem da intervenção de um contexto, de várias forças unidas em busca de um objetivo. Meu vício dependia da minha vontade, da minha fé e cabeça, enquanto não conseguia administrá-lo tinha que o mante-lo vivo dentro de mim para poder viver, uma coisa dependia da outra. Fazia o que tinha que ser feito para continuar a cadência do isqueiro acendendo menos uma hora de respiração ou perdurar na trilha formada pela pureza branca da droga que me levava ao final de uma outra curta trilha de vida.
Talvez Deus ainda um dia possa me perdoar, acreditando nas palavras  bíblicas, me afastando do Diabo e correndo mesmo que seja de costas para a recuperação do meu tempo. Preciso com Deus transfundir sua clemência para dentro do meu coração, quem sabe assim todo o veneno consumido saia, me deixe, volte a normalizar o tremor que tenho nas mãos e a deixe firme para segurar a bíblia. Provei de algo que me trouxe faíscas de êxtase e fogueira de dor, quase apagou sem eu perceber uma chama forte: amor a vida!
Pra quem nunca passou por isso, nem inicie, do meio ao fim é trágico.
Cuide de sí!



terça-feira, 14 de agosto de 2012


Ainda pra mim é sem entendimento o verdadeiro motivo do céu ou inferno está repleto dos grandes, dos mitos, dos diferentes que se fizeram ou o fizeram...
Mesmo montados por alguém esses, os grandes, transformaram vidas e emoções
Nunca esquecidos, sempre tocados e representados
Ser grande não basta ser visto, acredito que o grande de verdade se vai logo, nos deixa, sempre acontece assim, talvez seja para dar espaço para outro grande, ou melhor, se juntar a ele e tocar.
Imagine o local onde estão, que festa...
O toque, o som, a voz inesquecível, sempre grande ...






domingo, 12 de agosto de 2012




IMAGEM, SOM E SENTIMENTO, HOJE, VALEM MAIS QUE PALAVRAS

EFEITO DOMINÓ: SEJA SEMPRE O MELHOR PAI E O SEU PAI TERÁ O MELHOR FILHO!!

sábado, 4 de agosto de 2012


Dos acordos que são feitos por todos locais, mesmo com a assinatura para selar, fechar, identificar o que ficou acordado, colocar em papel o timbrado que se quer, tudo começa com as palavras, a negociação, a conversa. Naquele dia ou hoje, ou agora, como seria se o momento parasse em um jejum de palavras, não, não me refiro somente a palavra emitida pelo som bocal, cito a palavra até mesmo gesticulada, a palavra que vem a vida por movimentos, a palavra dotada e vinda de um desjejum, qualquer palavra, de qualquer maneira, se houvesse... Se houvesse um jejum.
Um jejum, um dia sem palavras, sem a comunicação, claro, o ser humano por natureza sempre consegue uma forma de contornar o que tem dificuldade, isso aconteceria com o tempo, todavia, hoje, somente se faria presente um dia, um hoje de jejum das palavras. Ao menos discussões nesse dia seriam evitadas, broncas seriam adiadas, finais tristes de namoro se prolongariam um pouco mais, mentiras com menos proliferação de frutos surgiriam nesse dia, a palavra então ficaria contida, oprimida e rouca, o que tem de bom nisso?
Um jejum de palavras travaria mau humor de chefe, Briga de transito, canto lírico e aula de estatística, amenizaria o barulho infernal de promessas que sabemos seu não cumprimento, apenas um dia, ajudaria sim esse dia a silenciar o som forte da má fé e me faria meditar um pouco mais sobre quem eu sou,  a forma que me expresso, e a medida do alargo de minha generosidade , o jejum de um dia nas palavras bonitas, porem feias, da verdade falsa do advogado estreito em respeito a seu juramento. Ajudaria sim um pouco de jejum para a palavra NÃO á ajuda, um jejum de palavras é preferível a ouvir palavras invisíveis. Sim, pois visível é a palavra que brota e traz o sorriso.
Um jejum de palavras na música será lamentável, na canção boa, palavras hão de sobreviver ao canto ideal, na composição correta de cada acorde, um jejum na emoção musical não é um bom requisito, esses e aqueles são uns dos contras ao jejum. O jejum de palavras deve vir para despertar acessos interditados e colocar ponto fim em algo falado sem prudência, sem direito de réplica, talvez daí e para isso sirva o jejum, para ativar o que poderia ter sido exposto na hora certa, motivar o falante a dar passagem para o mais retraído dizer a que veio, o jejum serve para policiar e calar a tinta da caneta corrupta ou corrompida pelo sistema; um dia de jejum, faria das mãos que colocam o livro de aparador, entender melhor o valor da escrita, perceber que sem palavras, poderia se escrever, entretanto o escrever depende da palavra, e vice versa, e em um dia em jejum de ambos, até o mais remoto móvel, notaria a sua falta.

No mundo mudo, no dia do silêncio, no dia sem palavras, apenas valerá a expressão, a apreciação, o olhar para dizer o que se pode, o jejum do som e o banquete da expressão são adversos até que você se prove ao contrário.