O verdadeiro humano é um fingidor,um derrotado na áurea da verdade pura, é claro que toda mentira é uma verdade rustica, uma verdade que se queria dizer por motivos tortos, se prende os lábios, nasce a saliva para lambuzar a verdade, mas o que tens é a mentira, a verdade escondida, a verdade de menino sendo homem, e do contar até três de olhos abertos no pique esconde.
Um fingidor pode desabrochar por razões meigas, carinhosas, fortes ou típicas, fingindo não querer ser o que é, por ser um pecador e se sentir um anti cristo, finge um perdão de mágoa, flecha que vai mas não volta, um fingidor sofre por sussurrar uma mudança para a verdade, derrotá-la com o calar, e vence-la no olhar verdadeiro, são artimanhas naturais.
Dos que darão passos, cem fingem uma dorzinha, um frio, uma fome para um bem final, colo de mãe, nasce assim, põe-se por aí um fingidor de sentimentos novos, de idade e de forma, será que fingir é o verdadeiro e correto modo? Dizer o contrário disso ou daquilo, puro demais; uma das fragrâncias envolventes da sabedoria fingida.
O poeta, o escritor, o Romeu é e sempre serão fingidores, escrever é fingir, fingir que não está emocionado o suficiente para suas lágrimas não atrapalharem seus teclados, fingir o orgulho, correto, para não se tornar soberbo. Quem escreve, e fala e julga, e pare o pecado, finge, finge por tropeços diferentes, pela sociedade, por culpa de uma falta, finge ser mais do que é para torna-se forte, intocável, como quem ama, como quem doa - quem ama, quem doa; é assim: Amar é fingir ainda está apaixonado, essa sensação passou, por esse motivo virou o amor, e quem doa, finge não estar orgulhoso por fazer isso, com boa intenção, mas vibra um orgulho branco de ajuda, todavia, colocado por trás, fingindo a respiração estar calma, sem êxtase.
Fingir ir embora para se sentir querido e insubistituível. fingir o aniversário para saber dos parabéns, não, não são os presentes, pelo menos fingir não ser. Fingir por gostar é perdoável, fingir por proteção é admirável, fingir para se manter é compreensivel, fingir para fugir é sobrevivência, fingir para torna-se indestrutível é exemplo. Toquem em sí e finjam a despedida de sua tristeza no porre do final de semana, finja adormecer suas culpas e arrependimentos de um mundo lá trás com umas doses de divã, finja ser outra pessoa em dedicação a uma música querida.
O que e para que servem as verdades se não for pelo precioso poder de inverte-las? Nem sempre, óbvio, por períodos, por fingimento, pelas razões certas em momentos fingidamente errados.