SOCIALIZANDO

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UM CARA PARECIDO COMIGO!

terça-feira, 31 de dezembro de 2013

ops...ops..
  Quase não deu tempo, nesse ano de 2013 produzi nem tanto por aqui. Mas, aqui estou eu, por ultimo, ou ultima vez, ao menos nesse ano, porem quem sabe em outro também, o que vale é que cheguei a tempo, para uma ultima vez, para despedida, sem desejos, já desejaram tudo que podiam a mim e a você, não é mesmo? Sem desejos...apenas um tchau e obrigado de verdade. 
Sobre os desejos algo me bate tanto a cabeça que vou desejar, todavia, apenas o que não aconteceu até hoje, nesse horário, nessa data final, final de mais um ano, final do 13.
Desejo que não foi atendido por ninguém nesse ano, não foi ouvido por ninguém nesse ano, o mesmo desejo que foi solto de sua vontade na ultima virada de ano, o desejo que foi desperdiçado por sua confiança ter sido despejada e canalizada na esperança errada, o desejo do não acontecimento, esse sim se revela  todo ano, se expõem sempre, o que não aconteceu sempre acontece.
Desejamos a cura, a descoberta mais importante do mundo, o retorno da saudade, a prisão de quem a mereça, desejamos começar uma etapa nova mais bem preparado, mais suave e forte, desejoso: de momentos, de sensualidade, de profissionalismo...desejos...se uma máquina "detectasse" tudo que é produzido em Copacabana, o pico seria os desejos, os pedidos, a repetição dos mesmos pedidos não realizados antes, e o reforço dos já feitos, a explicação para os acontecimentos também teria seu espaço, Iemanjá não seria esquecida, e aí mais uma vez estaria a aspiração do seu desejo.
 Bem, de qualquer maneira, seu desejo não deve ter sido atendido por completo, então...que seja...pronto! Acabei desejando.

 ÓTIMO 14!

 

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

LÁGRIMAS




O que será que pesa mais que uma tonelada? É incolor, colorida de cinza na dor, e com cores diversas no sorriso que se mistura na alegria. Entoada de gritos na vitória, e existente no mesmo cenário da derrota; está em todo lugar, desde o nascimento e passa por cada canto de olho em todas as fases da vida, sendo um anjo da guarda, por vezes utilizada falsamente, não é sua culpa, apenas ela escorre, se mostra, pois ela, em si, é sincera.
Sua utilização e feita até por Deuses, são mistérios sua origem nos santos, é degustada e tem gosto de mar, lava a alma, assim dizem, serve como um remédio para corações partidos, é inevitável quando ocorre violência e serve ainda para molhar a medalha de um vencedor. Jesus em algum dia se serviu dela, mães são fãs constantes de seus conselhos, inundam suas vidas, suas vozes, seus orgulhos nas formaturas, compartilham com seus filhos, dividem suas dores. Lágrimas... Negociadoras de emoções, representam todas, borbulham dos olhos de bêbados contando suas antigas histórias, penalizam quando assistida de perto; lágrimas criam faíscas com a saliva do amante, é a linguagem das crianças, a linguagem do drama, o ganho do programa sensacionalista, lágrimas... Pousam no preconceito de não exercê-las.
Uma lágrima vale como palavra de contestação de um pedido não atendido, alia-se a esperança aflita no resultado, lágrimas de um senhor ou de uma moçinha não são diferentes, apenas agem diferente, são contadas de formas diferentes e saem à alvorada por motivos diferentes, nem sempre seguida de choros, de desespero, por vezes são aliadas a pensamentos apenas, convencidas por mãos que delimitam sua trajetória que é a hora de cessar, de voltar a seu recinto, com a certeza que irá ser novamente chamada, em breve, por causas impossíveis, causas sem razões atraentes para o incomodo, causas irreais -; entretanto, são lágrimas, atendem chamados, não podem ser negar.
Lágrimas causadoras de comentários, de músicas encantadoras, alma da saudade, tapete em campos de batalhas, remota Lembrança. Lágrimas inspiram a despedida, são negadas pela vergonha machista, e anunciada pela ida para outro plano, lágrimas são como a chuva fria de inverno, mistura-se a rostos envelhecidos ou machucados pelo tempo, tumultuam quando não se consegue conte-las, agem por conta própria quando se enfurecem, carregam o medo, a melodia, o rancor e o salto ao sucesso. Lágrimas são as minhas risadas, um tombo alheio, suas preocupações, lágrimas não se sabe ainda para que tê-las tanto assim, lágrimas são episódios de uma história que conta sua vida.


quarta-feira, 21 de agosto de 2013

TRAJE URBANO

Depois de um tempo, ou tanto tempo, resolvi, me convenci a fazer, saí de trás da rede social, roguei a vingança, o tempo perdido, por minha culpa, em parte, por culpa de Felipe e João também, anônimos, todavia culpados. Gritei mesmo, respondi e ataquei, com golpes, flamulas, caneta e socos, combinação adversa, um tanto explosiva e desnecessária socialmente; a primeira, a caneta,  me detêm, me fere facilmente, com uma pequena ordenação de letras, soberba e poder, dado esse por mim - volto a escrever, culpados: Eu, João e Felipe, mesmo em ordem distinta. A segunda, precisa, terminal de conflitos e ou alvorecer desses.
Sim, eu fui, sem máscara, mesmo devendo usar, fui, sofrendo com o medo da retirada dos teclados informáticos de minhas mãos, resolvi ir atrás do que é meu por ordem e desempenho, por justiça divina também, entendo minha culpa em tudo isso, de Felipe e João por seguinte, por esse mesmo motivo o medo me deixou, então quebrei, berrei, me enfureci, me pintei e discuti, dessa vez não somente por mim, mas sim por algo que me incomodava por tanto e tanto tempo, achei a alternativa oportuna de me unir a um processo de escolha por gritos de independência, não fazem ideia de como é reconfortante ser ouvido.
Sim, eu fui ouvido, não mas somente me lamentei nas conversas intermináveis em bares de bebida gelada, me senti como um líder da metamorfose que se consolidava, não...não me acovardei por mais que eu quisesse, me pus a frente, mesmo nas horas mais duras, mas doloridas, a recompensa estava por chegar.
 Sou um manifestante da justiça, da verdade e da mudança, sou um líder de rostos presos a um voto errado, enganado ou trocado, não importa, o que importa é a exploração indevida da parcela de vida que eu poderia ter melhor - Não....não quero mais isso, senti agora a ardência no rosto do líquido jogado em mim, torço para não me cegar, gostaria de assistir minha vitória, o projetor dessa covardia, consegui em poucos segundos anteriores olhar sua cara assustada e duvidosa se aquilo que faria era mesmo o certo, mas o individualismo e o fardo pesado de sua profissão apertaram o gatilho reforçado á ordem, por telefone, do mesmo ladrão de vidas que fomentou em mim a falsa garantia a meus lamuriosos pensamentos pessimistas, que o sol surge a todos, basta crer; tolo engano.

Sou sim, um manifestante, o final de uma corrida onde eu, João e Felipe, entregávamos a mesma taça ao vencedor que durante o percusso me deixou tão longe dele, usando os meios mais rápidos e fiquei quase parado, com pés doloridos e refugiado ao arrependimento. Sou sim, um manifestante, violento por vezes, desculpe, mas eu tenho que ser ouvido e me dado a importância, necessitava da chuva de balburdia na cidade para ser notado e chegar primeiro, pela única vez ao final . Vivo, limpo, vencedor, de pé, hoje eu precisava disso, não me deixem de fora, não fiquem contra mim, não me interpretem de mal a pior, eu estou com vocês, para vocês, com fome, frio e ainda receio, não mais medo, receio de não poder fazer um dia melhor.

Sou sim, um manifestante urbano, sem trajes especiais,  estudado, sabido, em pleno gozo de direito á liberdade, consciente da minha atribuição política e os motivos de meu pleito, não um leigo, não um fantasma fazendo jus a uma potência de vozes por pequenas coisas, agora sei quem sou e o que posso fazer, entendo quem trabalha pra mim e os motivos de minha coragem, levei alguns transtornos a você moça, atrasada para um compromisso que depende de sua chegada, entretanto sua vida por um inteiro depende do que faço aqui e agora, meu exército sem marcha cadenciada ganhou força, cresceu, exército de paz, crença, estupidez, revolta e viravolta - sentimentos unidos em um exército de soluções,  depende do quanto persisto, do que eu realmente quero e o que posso. Acredito moça, que em verdade eu luto por você, mas não importa, minha parcela aqui está por completa.

sexta-feira, 26 de julho de 2013

OLÁ...POR TEMPOS NÃO ESCREVO, POR MUITOS MOTIVOS, DETALHO APÓS....
   HOJE, MESMO SEM ESCREVER POR MUITO TEMPO, COLOCO AQUI A AFIRMAÇÃO, QUE EM ALGUNS MOMENTOS IMAGENS VALEM MAIS QUE UMA ESCRITA.....


               ABSORVAM...PENSEM...E SOLUCIONEM !



segunda-feira, 1 de abril de 2013


Aconteceu naquela hora, em um momento de leitura, momentos nobres do saber, momento que o ser fica intenso, envaidece uma emoção de abrir parte da interferência, entre o motivo do saber e o servir do saber. Naquele momento lí um livro diferente, um livro novo, não de capa, não empoeirado, não por indicação, um livro diferente que me divertiu, me ensinou, um ensinamento não escolar, não universitário. O livro de um dia foi o que eu conheci, um dia após o outro, página após página, era lido, virou uma mania, um forma de descontração. Livro por livro já estava acostumado, um por mês ou dois, vários por anos, livro, aprendia usar e cuidar na escola, o que lí, foi uma outra forma de livro, uma maneira de chegar as mensagens, vidas, formas novas de ver e fazer a vida acontecer através do livro. O que me ensinou, o que aprendi, conto depois, o que importa agora é a maneira de ler o livro, porquanto, o que adianta ter um livro se suas mãos, seus olhos, sua fantasia, não dá alma ao livro? Se sua emoção, seu espírito, não se encaixam nas linhas descritas, o livro, assim, puro, nada mais é que um papel desinteressante, frio, cortes de árvores em vão, sem o véu de suas toras, sorrindo para uma fantasia transformadora de uma nova leitura.
O livro que lí me reteve por horas, conseguimos juntos lembrar e projetar planos, lí um livro que lembrei de pessoas, acasos, pontos fracos e fortes que atingem a todos, me encontrei nesse livro, para quem escreveu cá entre nós, fiquei até com uma pequena inveja, gostaria de ter sido eu mesmo, mas me contentei a ler. Afinal, o quanto é difícil ler boas literaturas para quem gosta; o mais estranho é que, o livro era tão importante e abrangente, que ví as folhas passando nos dedos crespos do menino rebelde, nas mãos foscas de giz do professor, colocado sobre o colchão, com carinho, naquele colchão branco e confortável da jovem aprendiz intelectual, o livro tocou o passageiro apertado no transporte, e conto de pai pra filho na pré história a beira da cama.
Obviamente, me deparei com quem não se agradasse por ter o tal livro consigo, no mínimo por perto, críticas e afastamentos surgiram no conteúdo do livro, tentaram afastá-lo do amor, da verdade, de uma escrita poética, enterrá-lo em páginas digitais e coloca-lo no calabouço do esquecimento, disseram que tudo que havia no livro, não era preciso mais ser guardado na mochila escolar, na estante, no orgulhoso acervo, bastava apenas um pedaço pequeno de metal colocado em uma máquina, e ali estaria, ele, o livro, com mais seu amplo saber á amostra. É claro que outra corrente acordou, foi contra sua prisão, o livro era a liberdade do mundo, escrito por penas, emoções, tristezas folclóricas, de maneira alguma, mesmo com páginas arrancadas seu começo e fim ainda estaria intacto.
O livro que recebi, não é religioso, apesar de ser um porto para sua proteção, o livro não é acadêmico, contudo com um conteúdo imensamente formador de um ser humano idealizador de idéias, o livro não é quadrinhos, não é de poesia e tão pouco de comédia, que por dizer, tem pinceladas de tudo isso.
 O nosso livro, é o que escrevemos apenas por viver, simples como respirar, existe alguém, que não sabemos quem, que está lá, assistindo, escreve o que vivemos, coloca em páginas uma a uma histórias de vidas, e o seu conteúdo, pode procurar, procure onde possa estar o livro de sua vida, alguém escreveu para você, contou lá nas páginas originais e palpáveis seus sorrisos e suas burrices, não posso dar indicações onde seu livro possa estar, porem se quer saber sobre você, não deixe um livro acabar, ele pode ser o seu.




sábado, 16 de março de 2013

INDEFINIÇÕES

No andar rápido, oprimido, temeroso  e atrasado, ela seguia na segunda feira, séria, alheia aos boatos dos rapazes carentes da manhã seguinte a noite solitária. Por vezes passava pelo vendedor e não solidarizava sua atenção a ele, só que nessa segunda, normal aparentemente, sem querer ouviu sua voz com a pergunta: Quem é você ? Bom, a princípio para ela aquilo deveria ser uma nova forma de inclusão "marketeira" de propagandista de rua. Deu de ombros, a passos largos continuou sua trilha, e de novo a pergunta veio a seu encontro. Quem é você ?   "Que saco!" Pensou ela, para que alguém afinal quer saber quem sou eu? 
A,,,,pronto, essa sou eu, solteira, meio sem cor, não se depilando na segunda, sempre querendo algo, chata e atrasada pela manhã e de bom humor ainda pela mesma manhã, aí está; sou eu. No fundo A.... sabia que aquilo não bastava, ela não era tão sintetizada assim, tão simples, tao resumida, no mínimo isso não faz parte de um currículo de mulher. A pergunta persistiu, e incomodou, aguçou sua curiosidade ao olhar a face no pequeno espelho que carregava á bolsa pequena e grande ( de mulher ) fiel companheira, que sempre abria ao sentar, por sorte matinal, nos coletivos santos que suavizavam seus atrasos de tédio.
E então..." Quem é você?" De verdade, pense realmente - algo falava assim dentro dela; - " Maldito vendedor ", pensava A...para fora, que tipo de frase era essa para soltar aos ares bem de manhã assim? Importunando os pensamentos alheios, fazendo pensar mais nisso do que nos seus próprios problemas; Que saco! Esbravejou ainda mais forte, sutilmente afastando a senhora assustada ao seu lado no coletivo.
A... seguiu sua rotina, seu dia a dia ficou chacoalhado com a questão, o banheiro, o espelho, tornou-se uma tortura em uso, necessitava saber quem era mesmo, onde estaria a resposta? Pensou A...em ser qualquer coisa para adormecer a dúvida, em ter uma identidade de ilusão somente pelo conforto da certeza, talvez se quisesse mesmo poderia ser uma ativista, entrar em causas participativas a um bem comum, sua boa secou e a imaginação desinflou, percebeu em poucos segundos que sempre aplaudiu as atitudes ativistas mas não era ativa, não tiraria a blusa em mostra a seus seios como as FEMEN, e não faz o simples da coleta ambiental, não servia.
A... ativou a máquina de sopro de seu pensamento e inflou novamente o balão de sua imaginação, votou em si mesma e pensou por que não ser uma cigana, uma sem horizonte, quem sabe não era isso que era? Uma desapegada, sem fronteiras, dona do seu mundo, com sentimentos selados e dando a conta gotas a doação deles para alguém, nômade, nem punhado de certezas, nem punhado de amor . A... só enxergou que não acreditava na leitura de suas próprias mãos, uma descrente da crença.
Por ultimo A...pensou na identidade de passos largos, na sólida e inimiga identidade de alguém, na personalidade que se transforma, na política dos homens, sua identidade seria inovadora, realizadora de sonhos, escrachadora de maus tratos, ladra de dignidade e posta em prova na corrupção. Logo e como sempre, A...viu que não acreditava em política, não vota, era impura a maus costumes, não se adaptaria em forjar uma dívida e tirar o necessário/ básico , de quem somente tem aquilo para viver, por final, influenciaria pouco as vidas alheias.
A... passou boa parte do seu tempo tentando ser uma nova identidade, para essa ser a resposta da questão do vendedor, se sentir assim segura ao saber quem era, ter a resposta centrada, motivada e orgulhosa. A pessoa que era não agradava o bastante a questão colocada; era escritora sem palpar um lápis - como muitos-, pensadora e  vendedora também, mas não de sonhos e nem de questões indagadoras da vida, religiosa sem crença, atraente sem par, boa, sem praticar a caridade, rica de vontades frustadas e negra quando a raiva lhe abatia.
A frase do vendedor fez A... reparar os detalhes de sua vida, inovar ao que lhe arrependia. O vendedor motivou A...a pensar e não só andar, querer ou teimar, o vendedor produziu em A...fúria de promotoria ao assassino absolvido por juri comprado, graça de virgem e excitação de miss na passarela, mexeu com seu ego, seu carisma e as confusões do seu eu. A...se retraía, achava que seus sonhos não se misturavam com sua realidade, alegava a sua sombra que tinha que ser o que produziram para ser, norteava que era mero pingente de uma sociedade fiel ao que menos se interessa a um ser humano.
Doce A... uma atleta sem clube, uma noiva sem buquê, por influência maternal tinha pinceladas de auto ajuda em ser forte e de punhos serrados para as quedas da vida, todavia algumas mãos bateram em seus ombros dizendo para ela se aquetar que o mundo era grande demais para suas ações. E foi assim, A...se posou, perdeu-se em saber quem era, escondeu-de na plantação de campos altos da timidez e desapareceu.
O vendedor continuou ali vivo, sua função não era produzir motivação, talvez encantar com sua idéias originais e vendas inusitadas. A...por sua vez passou longe por dias, esqueceu tentar em saber o que era e quem era, fez-se um ser humano neutro, opaco, com pouca luz, espaçosa de vontade como sempre. Tirou férias do mundo e de si mesma, para melhorar seus questionamentos e sua cabeça, resgatou sua pintura, fez-se econômica mulher, coisa até difícil, uma depressão unida de sentimento invisível ao coração, nunca sentira aquilo, mudou roupas, cabelo e o gosto por coisas novas e melhores a saúde. A...resgatou aproximação familiar, olhava-se constantemente no espelho para ver se faltava algum pedaço, aquele pedaço que gostaria de deixar cair pela rua e esquece-lo por completo.
A... redescobriu-se, vitalizou suas metas, deu volta em obstáculos quando não conseguiu derrotá-lo, mostrou-se gente, ganhou mais dinheiro, não por aumento de salário, mas sim por empregar em causas novas, causas nobres, ajuda alheia e doação de coração quando pode. 
O vendedor foi o culpado disso tudo, tocou a mudança, motivou o omisso e a concha se abriu. O vendedor existia, porem era apenas um vendedor de balas, um pequeno e simples vendedor. A...precisava ouvir naquele momento, naquela hora a nobre questão, por um motivo misterioso como os caminhos de DEUS, ela ouviu, não se pode entender tudo que se passa nessa vida, não mesmo, temos questionamentos loucos e eternos como de A..., realmente não sabemos quem somos por muitos e muitos tempos, por sorte, acho eu, é melhor nem sabermos, nunca teremos a certeza de total capacidade de ação em nossas mãos. Um dia somos um anjo e ao final de mesmo dia, podemos não dizer obrigado a JESUS por mais um dia vencido.
O vendedor ativou uma a ida de A...a seu mundo perdido, arquivado no imponente setor de coletas do sistema...
Um velho amigo sempre disse - " Não deixe o sistema te transformar  no sistema, lute contra isso, não se separe de você mesmo, o sistema não te trará de volta, mas você mesmo sim ".  
Fica essa pra você A.... 
   

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013


Hoje que graça tem aquela gente toda pulando em frente ao carro de som com enormes caixas batendo uma música sazonal? Que graça tem se não estão por aqui? Que graça vejo em um armário cheio, mas com espaço suficiente entre as roupas para saber que seu perfume esteve bem perto de cada tecido, com indecisão de sempre, foi escolhido o de época - época de estar apenas esticado; passado- acho graça nisso.

Onde encontrar a graça em estar em notável momento de saudade? Dizem que é gostoso senti-la, eu, porem, prefiro a presença, a amável presença quente. Se não puder te-la, aí sim, talvez fique com a saudade, mas que nada, já inventaram avião, telefone e Email,   para que saudade não é? Errado, ainda estará por aí, como um demônio querendo buscar o católico indeciso.
A graça das coisas hoje não me ocorre, o tempo não passa  depressa o quanto gostaria, não vejo a hora de revê las, de apertá-las e senti-las de novo, como ontem, tão raro momento de todo dia. O costume me pegou, me acertou e não consigo ser razoável e saber que entre duas pessoas está faltando uma, está faltando um trio.
O pula pula de carnaval já está soterrado em meus arquivos poucos acessados de imagens coloridas e eufóricas as quais guardo. Minha ideia agora é outra, não menos divertida, não menos sorridente, entretanto, suave, que vem engatinhando em pedidos de carinho. Minha saudade, alarga-se ( lá vem a saudade de novo ) em pensar em minha outra parte um pouco mas longe, talvez até mais animada com os festejos, linda, fantasiada e com personalidade em formação. Lonjura dura essas distâncias.
No meio do caminho não ficou a vontade de retornar ao carnaval de Salvador, não restou o não aproveitado, não me adoece os olhos do que deixe de ver, raros foram os casos; no meio do caminho não fiquei perdido por ter estado em pensamento somente, no bloco do " acaba nunca ", nada me deixa um infértil folião. Ocorreram momentos, episódios no carnaval da Lapa, no berço de bolas pretas, virando a noite e fugindo da exaustão do fruto proibido que se chama cansaço de folia, não, não sou mais "aquele" folião, mas homenageio quem estava na fila do bordejo atrás de mim e hoje, " sexta de carnaval ", não bebeu água, e sim, cachaça. Reverencio que está louco por uma noite de filme, uma noite de bailes de máscaras, uma noite de ressaca prévia, são partes de um todo que logo um dia, breve, com certeza, estarão por reavivar umas boas sensações, que produzirão vontades e desejos á realizar, e já outras, conversas em roda de amigos....boas conversas.

Carnaval, carnaval, eu não consigo viver sem carnaval.
                                         Um ótimo carnaval!