SOCIALIZANDO

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UM CARA PARECIDO COMIGO!

terça-feira, 24 de março de 2015

                                          UM LIVRO DIFERENTE


Aconteceu naquela hora, em um momento de leitura, momentos nobres do saber, momento que o ser fica intenso, envaidece uma emoção de abrir parte da interferência, entre o motivo do saber e o servir do saber. Naquele momento lí um livro diferente, um livro novo, não de capa, não empoeirado, não por indicação, um livro diferente que me divertiu, me ensinou, um ensinamento não escolar, não universitário. O livro de um dia foi o que eu conheci, um dia após o outro, página após página, era lido, virou uma mania, um forma de descontração. Livro por livro já estava acostumado, um por mês ou dois, vários por anos, livro, aprendia usar e cuidar na escola, o que lí, foi uma outra forma de livro, uma maneira de chegar as mensagens, vidas, formas novas de ver e fazer a vida acontecer através do livro. O que me ensinou, o que aprendi, conto depois, o que importa agora é a maneira de ler o livro, porquanto, o que adianta ter um livro se suas mãos, seus olhos, sua fantasia, não dá alma ao livro? Se sua emoção, seu espírito, não se encaixam nas linhas descritas, o livro, assim, puro, nada mais é que um papel desinteressante, frio, cortes de árvores em vão, sem o véu de suas toras, sorrindo para uma fantasia transformadora de uma nova leitura.
O livro que li me reteve por horas, conseguimos juntos lembrar e projetar planos, li um livro que lembrei de pessoas, acasos, pontos fracos e fortes que atingem a todos, me encontrei nesse livro, para quem escreveu cá entre nós, fiquei até com uma pequena inveja, gostaria de ter sido eu mesmo, mas me contentei a ler. Afinal, o quanto é difícil ler boas literaturas para quem gosta; o mais estranho é que, o livro era tão importante e abrangente, que vi as folhas passando nos dedos crespos do menino rebelde, nas mãos foscas de giz do professor, colocado sobre o colchão, com carinho, naquele colchão branco e confortável da jovem aprendiz intelectual, o livro tocou o passageiro apertado no transporte, e conto de pai pra filho na pré história a beira da cama.
Obviamente, me deparei com quem não se agradasse por ter o tal livro consigo, no mínimo por perto, críticas e afastamentos surgiram no conteúdo do livro, tentaram afastá-lo do amor, da verdade, de uma escrita poética, enterrá-lo em páginas digitais e coloca-lo no calabouço do esquecimento, disseram que tudo que havia no livro, não era preciso mais ser guardado na mochila escolar, na estante, no orgulhoso acervo, bastava apenas um pedaço pequeno de metal colocado em uma máquina, e ali estaria, ele, o livro, com mais seu amplo saber á amostra. É claro que outra corrente acordou, foi contra sua prisão, o livro era a liberdade do mundo, escrito por penas, emoções, tristezas folclóricas, de maneira alguma, mesmo com páginas arrancadas seu começo e fim ainda estaria intacto.
O livro que recebi, não é religioso, apesar de ser um porto para sua proteção, o livro não é acadêmico, contudo com um conteúdo imensamente formador de um ser humano idealizador de idéias, o livro não é quadrinhos, não é de poesia e tão pouco de comédia, que por dizer, tem pinceladas de tudo isso.
 O nosso livro, é o que escrevemos apenas por viver, simples como respirar, existe alguém, que não sabemos quem, que está lá, assistindo, escreve o que vivemos, coloca em páginas uma a uma histórias de vidas, e o seu conteúdo, pode procurar, procure onde possa estar o livro de sua vida, alguém escreveu para você, contou lá nas páginas originais e palpáveis seus sorrisos e suas burrices não podem dar indicações onde seu livro possa estar, porem se quer saber sobre você, não deixe um livro acabar, ele pode ser o seu.