SOCIALIZANDO

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UM CARA PARECIDO COMIGO!

domingo, 10 de junho de 2012

PEQUENOS SERES


De uma forma diferente quero colocar a visão animada de uma pessoa que é um personagem fiel, importante, amado, entretanto, plano segundo, por vezes, resume - se seu papel: Em um cara que tem metas, tarefas rígidas, obrigações altas, comparecimento em situações extremas, como filmar, fotografar melhores momentos, e fotografar correto, se perder um segundo, um pulo, um sorriso que demorou minutos e minutos de dança para fazer acontecer, incompetente, é elogio.
Não vamos falar aqui da situação do provedor do lar, a questão não está aí, o que acontece é administração de ser pai. Claro, não coloquemos de lado as tarefas santas da mãe, inquestionáveis, o pai somente entra nesse circuito quando lhe sobra o segundo posto, como:
Imaginem cuidar de alguém tão pequeno quanto um botão e tão delicado quanto o esquecimento da data de aniversário de casamento, focar sua atenção total em um pedaçinho pequeno de gente, colocado em roupas coloridinhas, que risca o chão tão rápido e cai mais rápido ainda que mesmo sendo um polvo, seus braços não seriam suficiente para pegá-la.
Esses pedaçinhos de gente que percebem que você é mais forte, mais alto, com cheiro diferente e sem leite, para eles, penso que somos uma criatura aparentemente disfarçada, sinto que nos acham estranho, mas percebem o quanto somos carinhosos, gostamos deles e tentamos ainda cuidá-los, mesmo sendo um tanto quanto atrapalhados. Essas coisinhas pequenas tiram do esconderijo, o mais durão ou um pouco mais sensível pai, tudo de feminino que pode conter no seu lado mais íntimo vem a tona, faz os grandões, diferenciarem um rosa mais intenso de um mais claro, opinar em um tema de festa, que para nós, os grandões, qualquer algodão doce daria certo.
Pequenas pessoas, que poderes tem, que sorrisos tem, que gargalhadas gostosas feiticeiras, pequenos anjos, anjos com boca de choro, com choros intensos nas madrugadas de dias uteis que doem a cabeça, mas o coração fala mais alta, e o choro é calado com um beijo, de mãe ou de pai, por vezes, o ultimo, tenta dar uma alívio para mãe. Pequena gente, ainda criando forças para se levantar, parecem tartarugas mirins, que move vários adultos quando um resfriado avança, pequenos seres formados a papinha, leite materno e dedinho abençoado na boca, doce inocência, crianças não só pelo tamanho, mas por conversas intermináveis de mãe e papo bobo de  pai em visitas de fraldas.
Somos um herói, queremos ser, queremos proteger, pois sabemos o que acontece as nossas meninas se não estivermos por perto, queremos mostrar a bola ao garoto e deixá-lo forte mais do que fomos, somos pai afinal, homens, derretidos por nossas bonecas, e orgulhosos por mais um torcedor do time de coração. Somos broncos no acordo com namorados, chatos em feiras de bebes que vendem de tudo, coisas sem importância, coisas de pano antigo que é moda, novidades que os bebes piscam e choram de medo, feira de bebe é um trauma, pois somos pais, homens, de carteira aberta, quando aqueles panos antigos os deixam lindos.
Quem alguma vez disse que iria ser fácil mentiu, não, não é nada fácil, entre fraldas e choros, super nany e premonições para saber o que irrita o bebe, disseram que existem as compensações, de uma forma ou de outra, creio que acertaram, existem sim algumas coisas compensadoras, claro; posso escrever por ultimo que em minha opinião uma das é – Um olhar amoroso, o olhar de reconhecimento que você é algo importante, que se não estivesse ali, aquelas perninhas curtas e ansiosas por mais um passo, não estariam também, aquele olhar de dependência – do mais puro amor, de dependência de apenas querer o seu calor na hora de dormir, sem pedir mais nada, apenas que seja o pai, sua proteção, sua existência.
 Para finalizar, ressalto que isso vale apenas para bebes, depois vem à independência, e volta um pouquinho depois a dependência novamente, mas de outra maneira bem diferente; e digo, para dar uma força, que corra, quando a frase de terror sair à primeira vez daqueles lábios que em algum dia somente queriam leite: PAPAI COMPRA!


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