De uma forma diferente quero colocar a visão animada de uma
pessoa que é um personagem fiel, importante, amado, entretanto, plano segundo,
por vezes, resume - se seu papel: Em um cara que tem metas, tarefas rígidas,
obrigações altas, comparecimento em situações extremas, como filmar, fotografar
melhores momentos, e fotografar correto, se perder um segundo, um pulo, um
sorriso que demorou minutos e minutos de dança para fazer acontecer,
incompetente, é elogio.
Não vamos falar aqui da situação do provedor do lar, a
questão não está aí, o que acontece é administração de ser pai. Claro, não coloquemos
de lado as tarefas santas da mãe, inquestionáveis, o pai somente entra nesse
circuito quando lhe sobra o segundo posto, como:
Imaginem cuidar de alguém tão pequeno quanto um botão e tão
delicado quanto o esquecimento da data de aniversário de casamento, focar sua
atenção total em um pedaçinho pequeno de gente, colocado em roupas coloridinhas,
que risca o chão tão rápido e cai mais rápido ainda que mesmo sendo um polvo,
seus braços não seriam suficiente para pegá-la.
Esses pedaçinhos de gente que percebem que você é mais
forte, mais alto, com cheiro diferente e sem leite, para eles, penso que somos
uma criatura aparentemente disfarçada, sinto que nos acham estranho, mas
percebem o quanto somos carinhosos, gostamos deles e tentamos ainda cuidá-los,
mesmo sendo um tanto quanto atrapalhados. Essas coisinhas pequenas tiram do
esconderijo, o mais durão ou um pouco mais sensível pai, tudo de feminino que
pode conter no seu lado mais íntimo vem a tona, faz os grandões, diferenciarem
um rosa mais intenso de um mais claro, opinar em um tema de festa, que para nós,
os grandões, qualquer algodão doce daria certo.
Pequenas pessoas, que poderes tem, que sorrisos tem, que
gargalhadas gostosas feiticeiras, pequenos anjos, anjos com boca de choro, com
choros intensos nas madrugadas de dias uteis que doem a cabeça, mas o coração
fala mais alta, e o choro é calado com um beijo, de mãe ou de pai, por vezes, o
ultimo, tenta dar uma alívio para mãe. Pequena gente, ainda criando forças para
se levantar, parecem tartarugas mirins, que move vários adultos quando um
resfriado avança, pequenos seres formados a papinha, leite materno e dedinho
abençoado na boca, doce inocência, crianças não só pelo tamanho, mas por
conversas intermináveis de mãe e papo bobo de pai em visitas de fraldas.
Somos um herói, queremos ser, queremos proteger, pois
sabemos o que acontece as nossas meninas se não estivermos por perto, queremos
mostrar a bola ao garoto e deixá-lo forte mais do que fomos, somos pai afinal,
homens, derretidos por nossas bonecas, e orgulhosos por mais um torcedor do
time de coração. Somos broncos no acordo com namorados, chatos em feiras de
bebes que vendem de tudo, coisas sem importância, coisas de pano antigo que é
moda, novidades que os bebes piscam e choram de medo, feira de bebe é um
trauma, pois somos pais, homens, de carteira aberta, quando aqueles panos antigos
os deixam lindos.
Quem alguma vez disse que iria ser fácil mentiu, não, não é
nada fácil, entre fraldas e choros, super
nany e premonições para saber o que irrita o bebe, disseram que existem as
compensações, de uma forma ou de outra, creio que acertaram, existem sim
algumas coisas compensadoras, claro; posso escrever por ultimo que em minha
opinião uma das é – Um olhar amoroso, o olhar de reconhecimento que você é algo
importante, que se não estivesse ali, aquelas perninhas curtas e ansiosas por
mais um passo, não estariam também, aquele olhar de dependência – do mais puro
amor, de dependência de apenas querer o seu calor na hora de dormir, sem pedir
mais nada, apenas que seja o pai, sua proteção, sua existência.
Para finalizar,
ressalto que isso vale apenas para bebes, depois vem à independência, e volta
um pouquinho depois a dependência novamente, mas de outra maneira bem
diferente; e digo, para dar uma força, que corra, quando a frase de terror sair
à primeira vez daqueles lábios que em algum dia somente queriam leite: PAPAI
COMPRA!
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