SOCIALIZANDO

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UM CARA PARECIDO COMIGO!

sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

Esse ano vou começar ouvindo mentira.

 Não entendo em verdade o motivo real de quem gosta de escrever um pouco querer sempre ser notado - escreva por escrever - igual a: " amar por amar " ou ainda " amo porque amo " como diz Fernando. Para que e por quê ser notado? Em blogs, dizem: "Ser visitado". Por que? É tão necessário assim? Escrever é algo natural, apreciável de fato, porem, apreciado quando se tem que ser apreciado; será que é a fama? A exposição?
 A postagem lógica não precisa ser temperada de comentários, a nota, dever ser notada, pelo simples fato de ser uma nota, uma mentira bem feita, uma novidade ao olhar e um puro suspiro de coisa boa.

Irei ouvir mentiras pelas escrituras, notada ou não, irei ouvir mentiras pela eleição, pela copa no Brasil e pela ingênua sensação da partida de um ano para outro. Ouço mentiras desde o ano passado, parece assim findar-se uma época, um mundo, uma vida que eu tinha e irei recomeçar outra.

Critico, e não julgo, a ambição exagerada pela visita, pela vista, pela visualização de alguma coisa tosca ou célebre que alguém possa escrever. É fruto, triunfo ou permissão à escrita, em concordância com a leitura, e por parte, em parte, ao par de mentira. É claro, quando se escreve pode-se mentir, inventar, devanear sim, aposenta-se o bom senso ( uma obra livre ). Por pouco pode-se fazer alguém escrever, bem ou mal, a equação é sempre exata somente na matemática, aqui, no mundo anônimo, pelo menos deveria ser, pode-se escrever sempre mal, se a sua amostra não se mostra, quem será seu cúmplice ou julgador?

Talvez seja essa a chave da fama do corajoso, que explana o que escreveu, mente no que escreveu e não se importa de ser visto, o anônimo já por si só acovarda-se de escrever a público, sua mentira é engavetada, mesmo sendo maior que a do corajoso.  Conte sua mentira, escreva sobre sua "matéria horizontal da bola", não importe-se com a exposição, somente cruze o crucifixo nas mãos na ambição de ser visitado a todo tempo.

Quero por fim deixar a mentira a vontade, não tenho mesmo como detê-la, seus esclarecimentos são povoados de contos, da literatura viajante, de discursos propriamentes horizontalizados em pergaminhos modernos. Hoje já me preparei para ouvir uma nova mentira, feliz, quem sabe? Não se sabe. Estou preparado para ser visitado...por ninguém, esse não é meu tipo, não me atrai. Acho que minto, essa é a primeira mentira que vou escutar esse ano.
 

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