Quando pequeno ouvi dizer que algum dia muita gente iria se unir, gente que existia mas eu não via, gente de longe, que eu não entendia, não sabia o que gostavam, como eram suas casas, gente que na verdade seriam como eu, um eu daqui, pois daqui sabia como tudo funcionava, de lá, somente as revistas pequenas me diziam.
Depois de crescer, martelou sempre a minha cabeça uma palavra chamada Globalização, no princípio pra mim, parecia mais uma dessas palavras novas inventadas por moderninstas, com significado algum, sem conteúdo, a globalização antes de eu saber e pesquisar, falava sobre o mundo somente. Isso hoje é passado, e a tal globalização, que sabemos em síntese que é uma grande união, ainda assim me soa estranha hoje, pois não consigo daqui sentir tanto de coisa boa ou ruim que alguém de tão longe, em povoado, cidade ou vila distante sinta, não compartilho de um cheiro de carro novo que saia da garagem casado com sorrido de dono orgulhoso e em outra parte, talvez na fronteira, uma ponte caia, com um também carro novo, mas com sorriso invertido de parentes saudosos. Não me globalizo com isso, não compactuo, eu vivo daqui, sem terremoto, sem maremoto, com chuvas intensas sim, com Complexos e UPPS também, tenho sorte eu acho, mas quero estar globalizado e interado na Suécia onde os deputados não tem empregados, lavam suas próprias roupas em lavanderias divididas irmanmentes, não tem assessores, verbas gigantes de gabinete, e se cometeu crime contra o público: Cadeia, bloqueio da conta, isso em um processo apenas de 2 semanas, preciso mesmo me compartilhar disso.
Globalizo pouco, pouco da pressa de morrer, pois parece que o mundo tem pressa, drogas demais, bebidas demais, lutas e armas demais, fúrias demais, os humanos tem pressa de ver a morte, globalizo pouco; mas quero globalizar mais em entendimento e aceitação de forças da naturezas na China ou em Teresópolis, globalizar me dá sentido, não somente em choro ou no sentimento -"coitados"- divulga minha atenção para fora do meu mundo, para amigos ainda estranhos e torcida pelo sonho de um Marroquino, sou livre pra isso, lutar pelas lutas de outros, sorrir por sua conquista, doar o que tenho de bom: Um texto, um olhar, uma dica, no meu globo se quiser estou aí contigo sempre, "depois que inventaram o avião", e ainda mais rápido que isso, posso estar globalizado na vida de qualquer um, quando descobri meu pensamento, livre de grades, muros altos, conexões lentas e correios emperrados, posso me globalizar com tua oração, entender sua religião e pedir pelo mesmo Deus seu.
Ainda que os homens de hoje esqueceram suas histórias, o tempo que dividiam tudo, quando falavam a mesma língua e sonhavam com o fogo, ainda que temam destruição dos seus quartéis e pisem em uma floresta inteira, ainda que fujam de monstros que construíram, atissem o mar e apaguem a luz da esperança. Temos chance!
PARA NOSSO MUNDO, UMA MUDANÇA PARA UM MUNDO MELHOR.
Oi,tio Binho,sou Bryan gostei muito de conhecer teu blog,manda o livro pra cá pra eu ler!Um beijo,te amo!
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